11 de março de 2025

𝗩𝗼𝗰ê 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗱𝘂𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗱𝗮 𝗳𝘂𝘀ã𝗼 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗵𝘂𝗺𝗮𝗻𝗼 𝗲 𝗺á𝗾𝘂𝗶𝗻𝗮?

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A startup australiana Cortical Labs lançou o CL1, o primeiro computador biológico comercial que utiliza neurônios humanos cultivados em laboratório integrados a chips de silício. Apresentado no Mobile World Congress em Barcelona, o CL1 opera por meio de um sistema de inteligência biológica (biOS), permitindo que usuários executem código diretamente através desses neurônios. ​

𝗣𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 é 𝗶𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲?
Este avanço marca uma ruptura no campo da computação, introduzindo máquinas que aprendem e se adaptam de forma mais eficiente, consumindo significativamente menos energia em comparação com computadores tradicionais. Um protótipo anterior, composto por 800.000 neurônios humanos e de rato, demonstrou habilidades de autoaprendizagem ao jogar o videogame Pong. ​

𝗖𝗼𝗺𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗮𝗳𝗲𝘁𝗮 𝗮 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗱𝗮𝘀 𝗼𝗿𝗴𝗮𝗻𝗶𝘇𝗮çõ𝗲𝘀?
Organizações que buscam inovação em inteligência artificial e robótica podem encontrar no CL1 uma ferramenta poderosa para desenvolver tecnologias mais eficientes e adaptativas. A capacidade de executar código e realizar tarefas computacionais de maneira mais eficiente pode levar a soluções inovadoras em diversas áreas, desde a automação industrial até a medicina personalizada. No entanto, é crucial que as empresas considerem as implicações éticas associadas ao uso de neurônios humanos em dispositivos eletrônicos, garantindo que o desenvolvimento tecnológico seja acompanhado de responsabilidade social.​

3 𝗹𝗶çõ𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗮𝗽𝗿𝗲𝗻𝗱𝗲𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗻𝗼𝘃𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲

1. 𝗜𝗻𝘁𝗲𝗴𝗿𝗮çã𝗼 é 𝗼 𝗳𝘂𝘁𝘂𝗿𝗼

• A fusão de neurônios humanos com chips de silício abre novas possibilidades para a computação
• Sistemas híbridos podem aprender e se adaptar de forma mais eficiente que máquinas tradicionais

2. 𝗥𝗲𝗽𝗲𝗻𝘀𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗹𝗶𝗴ê𝗻𝗰𝗶𝗮
• Máquinas com células cerebrais humanas desafiam nossa compreensão de consciência e aprendizado
• Precisamos questionar o que realmente significa “pensar” e “sentir”.

3. 𝗣𝗿𝗲𝗽𝗮𝗿𝗲-𝘀𝗲 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗱𝗶𝗹𝗲𝗺𝗮𝘀 é𝘁𝗶𝗰𝗼𝘀:
• A utilização de neurônios humanos em dispositivos levanta questões sobre ética e identidade
• É crucial discutir os limites e responsabilidades dessa nova era tecnológica

𝗘 𝗼 𝗳𝘂𝘁𝘂𝗿𝗼?
Estamos à beira de uma nova era em que a linha entre o biológico e o tecnológico se torna cada vez mais tênue.

Como sociedade, estamos preparados para as implicações éticas e filosóficas dessa convergência?

Para entender melhor essa inovação, confira o vídeo abaixo:

Fábio Correa Xavier

Fábio Correa Xavier é Mestre em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo,com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec/RJ, e Especialização Network Engineering pela Japan International Cooperation Agency (JICA). Atualmente é CIO do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Professor e Coordenador de graduação e pós-graduação e colunista da MIT Technology Review Brasil e da IT Forum. Possui as certificações CIPM e CDPO/BR (IAPP – International Association of Privacy Professionals), CC((ISC)² e EXIN Privacy and Data Protection. É autor de vários livros sobre tecnologia, inovação, privacidade, proteção de dados e LGPD, com destaque para o Best Seller “CIO 5.0“, semifinalista do Prêmio Jabuti 2024 e destaque da Revista Exame e também de Mapa da Liderança.

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