A inteligência artificial generativa (IA Gen) tem se destacado como uma das tecnologias mais transformadoras do século XXI. De criar códigos a personalizar experiências, seu potencial é inegável. No entanto, muitas organizações ainda enfrentam dificuldades em converter esse potencial em valor prático e sustentável. Por quê? A resposta vai além da tecnologia e reside na forma como lideramos essa transformação.
Nos últimos anos, diversas empresas se apressaram em implementar IA, muitas vezes sem uma estratégia clara. O resultado? Altos índices de falhas em pilotos, perda de recursos e frustração interna. Segundo dados recentes do CIO.com, mais da metade desses projetos não atingiu os objetivos esperados. Isso nos lembra que a verdadeira inovação requer planejamento, governança e, acima de tudo, um foco genuíno em pessoas.
Em meu livro Mapa da Liderança, exploro como líderes transformacionais conseguem alinhar tecnologia e valores organizacionais. A IA Gen não deve ser vista apenas como uma ferramenta, mas como um catalisador para mudanças éticas, inovadoras e inclusivas. Esse alinhamento estratégico é essencial para garantir que a tecnologia agregue valor de forma responsável.
Ainda assim, existem exemplos encorajadores. Chatbots avançados já transformam o atendimento ao cliente, enquanto assistentes digitais automatizam tarefas administrativas. Mas os maiores avanços virão quando a IA for adaptada a contextos específicos e integrada estrategicamente às operações organizacionais.
A ética também deve estar no centro dessa jornada. Viés algorítmico, uso inadequado de dados e dependência excessiva de automação são riscos que líderes precisam mitigar. Criar uma cultura de confiança, baseada em transparência e inclusão, não é apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de fortalecer as relações com consumidores e colaboradores.
Como líderes, precisamos nos perguntar: estamos preparados para liderar essa revolução de forma ética, inovadora e humana? A resposta está em nossa capacidade de inspirar, adaptar e alinhar progresso tecnológico aos valores que realmente importam.
A IA generativa de 2025 não será definida apenas por avanços técnicos, mas pela coragem de liderar com visão, empatia e propósito. Afinal, como bem digo em Mapa da Liderança, o verdadeiro impacto de uma tecnologia não está em seu código, mas nas pessoas que a desenvolvem, implementam e utilizam.
Chegou a hora de levar a IA generativa a sério. Vamos liderar essa transformação juntos? 🚀
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BITS - Boletim de Inovação, Tecnologia, Segurança e Privacidade Que a Tech esteja com vocês Obrigado por ler o BITS! Curadoria: Fábio Correa Xavier www.fabioxavier.com.br
Fábio Correa Xavier é Mestre em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo,com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec/RJ, e Especialização Network Engineering pela Japan International Cooperation Agency (JICA). Atualmente é CIO do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Professor e Coordenador de graduação e pós-graduação e colunista da MIT Technology Review Brasil e da IT Forum. Possui as certificações CIPM e CDPO/BR (IAPP – International Association of Privacy Professionals), CC((ISC)² e EXIN Privacy and Data Protection. É autor de vários livros sobre tecnologia, inovação, privacidade, proteção de dados e LGPD, com destaque para o Best Seller “CIO 5.0“, semifinalista do Prêmio Jabuti 2024 e destaque da Revista Exame e também de Mapa da Liderança.