ter. jan 28th, 2025
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No dia 19 de julho, enfrentamos um dos maiores incidentes de interrupção cibernética global dos últimos tempos. Uma falha na atualização do Falcon, ferramenta de detecção de invasões da CrowdStrike, resultou em um apagão que afetou serviços essenciais em várias partes do mundo, incluindo grandes empresas como a Microsoft, bancos, empresas aéreas e vários outras.

Esse incidente trouxe à tona importantes lições de segurança da informação. Segundo informações divulgadas pela mídia, o problema técnico ocorreu principalmente devido à ferramenta de segurança da companhia chamada Falcon, usada para detectar e monitorar possíveis invasões.

Mas o que podemos aprender desse incidente? Trago aqui algumas reflexões:

1. A importância de ambientes de homologação e testes exaustivos em ambientes de homologação que simulem cenários reais antes de liberar atualizações, para garantir que novas atualizações não causem problemas, testando todas as funcionalidades existentes e identificando possíveis falhas.

2. A necessidade de adotar estratégias de redundância e contingência para sistemas críticos.

3. Monitorar continuamente para detectar e isolar problemas rapidamente, minimizando o tempo de inatividade. Isso é especialmente importante em ambientes de nuvem e infraestruturas de TI complexas.

4. Comunicar, comunicar e comunicar, de forma transparente com todos os stakeholders. Deve-se informar rapidamente sobre o problema, as medidas tomadas e o tempo estimado para resolução ajuda a manter a confiança e a calma.

5. Revisar as políticas de atualização e considerar a possibilidade de implementação gradual, onde as atualizações são aplicadas primeiro em um subconjunto controlado de sistemas antes de uma implantação completa. Sistemas críticos não devem ter atualizações automáticas…

6. Aprender continuamente, pois as equipes devem estar bem treinadas e preparadas para lidar com incidentes. As organizações devem promover uma mentalidade de aprendizado contínuo e adaptação.

Por fim, destaco que um rede de colaboração de cibersegurança entre orgaizações ganha grande relevância, principalmente em tempos de crise. A solidariedade e o suporte mútuo dentro da comunidade de segurança cibernética podem fazer a diferença entre uma resposta eficaz e uma catástrofe ampliada.

Demonstrar compaixão e apoiar colegas e empresas que enfrentam infortúnios técnicos não apenas promove um ambiente mais saudável e cooperativo, mas também fortalece a resiliência global contra ameaças cibernéticas.
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Fábio Correa Xavier

Mestre em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo,com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec/RJ, e Especialização Network Engineering pela Japan International Cooperation Agency (JICA). Atualmente é CIO do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Professor e Coordenador de graduação e pós-graduação e colunista da MIT Technology Review Brasil e da IT Forum. Possui as certificações CIPM e CDPO/BR (IAPP - International Association of Privacy Professionals), CC((ISC)² e EXIN Privacy and Data Protection. É autor de vários livros sobre tecnologia, inovação, privacidade, proteção de dados e LGPD, com destaque para o Best Seller "CIO 5.0", semifinalista do Prêmio Jabuti 2024 e destaque da Revista Exame e também de Mapa da Liderança.

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